quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O mestre do suspense

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DUH Sir Alfred Joseph Hitchcock (1899 - 1980) foi um dos cineastas mais marcantes, instigantes e charmosos de todos os tempos. É impossível pensar na história do cinema e não citá-lo. Nascido em Londres, Hitchcock foi um homem que criou novas formas, reinventou linguagens e estéticas com seus filmes, sempre impactantes. De origem humilde, sua história de amor com o cinema começou no início da década de 20, quando trabalhou desenhando legendas no cinema mudo. A partir de então, ele acumulou um bom aprendizado como assistente de direção e montador, e em 1925 lançou seu primeiro filme, que nunca foi concluído, "The Pleasure Garden". Mas este foi só o começo de uma longa e extensa carreira, pois depois disso vieram muitos filmes e sucessos dentro da Inglaterra. Em 1939, Hitch mudou-se para os Estados Unidos, começou a trabalhar em Hollywood e já no ano seguinte venceu um Oscar de Melhor Filme por "Rebecca". Nas três décadas seguintes, Alfred Hitchcock dirigiu praticamente um filme por ano em Hollywood. E dentre tantas obras e sucessos, existem trabalhos do diretor que estão eternizados até hoje, como "Disque M para Matar" (1954), "Janela Indiscreta" (1954), "Ladrão de Casaca" (1955), "Um Corpo que Cai" (1958), "Psicose" (1960), "Os Pássaros" (1963), entre outros títulos clássicos da telona. E como se não bastasse, ele também teve um seriado premiado na tevê americana, chamado "Alfred Hitchcock Presents", onde tinha vários episódios criminais, e o que aumentou ainda mais a sua popularidade. 

O que mais se destaca nos trabalhos de Hitchcock são as histórias envolventes, o mistério, o suspense bem executado e as cenas antológicas, como a famosa cena do chuveiro em "Psicose".

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Só o filme "Psicose", que foi realizado em preto e branco por opção do diretor para não ficar "ensanguentado demais", sintetiza todo o talento de Alfred Hitchcock, que ganhou e continua ganhando releituras em inúmeras obras na televisão e no cinema pelo mundo inteiro; imortalizou o personagem Norman Bates e hoje serve de inspiração para um dos sucessos do momento na tevê americana: a série "Bates Motel".

Profundo conhecedor da parte técnica de como se fazer filmes, Hitch não era um diretor que se limitava. Perfeccionista e exigente, ele se envolvia minuciosamente em todos os detalhes dos seus trabalhos e não se contentava em agradar os executivos da indústria cinematográfica. Muitas vezes bateu de frente com as grandes produtoras, ficou sem dinheiro e lutou para executar suas obras do jeito que acreditava que devia ser feito.

Ainda em "Psicose", o próprio Hitchcock foi responsável pela célebre música que toca na cena do chuveiro e acabou se transformando num dos maiores símbolos do filme e do suspense até hoje. Quem nunca ouviu essa música?

Outro grande sucesso do cineasta foi "Os Pássaros", que conta a história de uma pequena cidade que passa a ser atacada por pássaros de todas as espécies e é assolada por este fato estranho. Todos os elementos de um bom filme de suspense, são facilmente encontrados neste filme, que gera discussões e debates entre os cinéfilos do mundo todo.

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Além do brilhantismo com o jogo de imagens, sombras, sons e câmeras nos longas de Hitchcock, não se pode deixar de destacar a presença de grandes atores em seus filmes e sobretudo grandes musas da história do cinema como Grace Kelly, Doris Day e Janet Leigh. E também era comum a presença do próprio Hitch na figuração de seus filmes. 

Durante a sua vida, Alfred Hitchcock foi indicado "apenas" 5 vezes ao Oscar de Melhor Diretor e nunca venceu. Mesmo assim, muitos o consideram o melhor diretor de todos os tempos. E não há dúvidas de que ele realmente seja, afinal, ele foi um dos poucos diretores, se não o único, que tinha a incrível capacidade de fazer com que o espectador se tornasse um participante de seus filmes.

Agradecimentos: Starz/Expertv

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Emmy: Confira os indicados e as apostas!

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No domingo (22) acontece uma das maiores premiações da tevê americana: o 65º Emmy Awards! A cerimônia será exibida no Brasil a partir das 21 horas pelo canal Warner. E é claro que não poderíamos deixar isso passar em branco! No rol das indicações, a deliciosa "Downton abbey" e "Mad men" lideram a corrida com 12 indicações cada, enquanto "Homeland" vem em seguida com 11. Também temos a brasileira Morena Baccarin concorrendo ao prêmio de melhor atriz coadjuvante dramática pela série "Homeland". 

Como existem 359409 categorias, falarei apenas sobre as principais premiações desta grande noite do Emmy. Vamos lá!

Melhor ator em Série Dramática
Kevin Spacey (House of Cards)
Hugh Bonneville (Downton Abbey)
Jon Hamm (Mad Men)
Damian Lewis (Homeland)
Bryan Cranston (Breaking Bad)
Jeff Daniels (The Newsroom)

DUH Apesar do altíssimo nível de todos os atores, eu acredito que este ano, devido ao final de "Breaking Bad", Bryan Cranston deve levar a estatueta. Posso estar enganado, mas pelo enorme sucesso da série e o grande número de fãs - que praticamente menstruam doritos por "Breaking Bad", ele é o favorito. Porém, não será nenhuma surpresa se Kevin Spacey estragar a festa dos Breaking-Bad-Maníacos.

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Melhor atriz em série dramática
Michelle Dockery (Downton Abbey)
Elizabeth Moss (Mad Men)
Claire Danes (Homeland)
Vera Farmiga (Bates Motel)
Kerry Washington (Scandal)
Robin Wright (House of Cards)
Connie Britton (Nashville)

DUH Se dependesse de mim, só pelo meu amor a "Downton Abbey", Michelle Dockery levaria essa estatueta. Mas não posso me cegar ao fato que a última temporada não foi tão boa assim, portanto, diante dos olhos dos eleitores do Emmy, eu apostaria minhas fichas em Elizabeth Moss, que vem crescendo muito em "Mad Men" e vai ser um daqueles prêmios que vai deixar muitos fãs de séries populares como "Scandal", "Bates Motel" e "Homeland" com raiva e tuitando "ZzZzZzZ" na hora da premiação. LOL.

Melhor série dramática
"Breaking bad"
"Game of Thrones"
"Mad Men"
"Downton Abbey"
"Homeland"
"House of Cards"

DUH Só grandes sucessos nesta categoria, é até dolorido fazer uma previsão. Na minha opinião deve ficar entre "House of Cards", que fez história ao ser a primeira série online a ser indicada ao Emmy, ou "Breaking Bad", que está praticamente encerrando sua história de sucesso. Mas é claro que se dependesse de mim - mi mi mi - eu premiaria "Downton Abbey" #MimDeixem. 

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Melhor ator em série de comédia
Alec Baldwin (30 Rock)
Jason Bateman (Arrested Development)
Louis C.K. (Louie)
Don Cheadle (House of Lies)
Matt Leblanc (Episodes)
Jim Parsons (The Big Bang Theory)

DUH Eu amava o Joey em "Friends" e tals mas... Se o Matt Le Blanc levar essa de novo... Pofofo. Sinceramente, este ano esta categoria está fraca. Nos últimos anos já vimos Jim Parsons ser premiado, já vimos Alec Baldwin ser premiado, já vimos Matt Le Blanc ser premiadoaaaargh, então este ano tudo indica que Louis C.K. vai ser o grande vencedor *-* E merecido! Pois ele é um gênio, e está no meu altar de ídolos da comédia junto com Larry David (criador de "Seinfeld" e "Curb Your Enthusiasm"). Se vocês puderem, assistam "Louie"! Esse cara é o único que consegue fazer uma espécie de tristeza cômica. E tenho dito.

Melhor atriz em série de comédia
Laura Dern (Enlightened)
Lena Dunham (Girls)
Edie Falco (Nurse Jackie)
Tina Fey (30 Rock)
Julia Louis-Dreyfus (Veep)
Amy Poehler (Parks And Recreation)

DUH Em anos anteriores meu coração esteve com Edie Falco, maravilhosa em "Nurse Jackie" e Julia Louis-Dreyfus, cada vez mais deliciosa em "Veep". Mas este ano eu quero, eu exijo, eu determino que Amy Poehler vença! Por motivos de: por que sim. Parks <333
Tá, deixando meu lado tiete de lado, acho que veremos a Julinha fofa ganhando o Emmy pelo segundo ano consecutivo, pois sua atuação na última temporada de "Veep", ajudada pelo excelente roteiro, foi além do extraordinário.

Melhor série de comédia
"Louie"
"Girls"
"30 Rock"
"Veep"
"Modern family"
"The Big Bang Theory"

DUH Gente, eu AMO "Louie", AMO "Veep", AMO "Modern Family" e AMO "The Big Bang Theory". Já pode premiar todos? Ok, vamos ser racionais. "Veep" é incrível, tem uma crítica à política americana muito boa. Anyway, me parece que "Modern Family", mesmo com uma temporada mais fraquinha, deve ser coroada mais uma vez, principalmente pela grandeza do seu elenco.

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Ator Coadjuvante de Comédia
Adam Driver (Girls)
Ty Burrell (Modern Family)
Jesse Tyler Fergunson (Modern Family)
Ed O'Neill (Modern Family)
Bill Hader (Saturday Night Live)
Tony Hale (Veep)

DUH O elenco de "Modern Family" é fantástico, mais uma vez eles estão em peso nas indicações ao Emmy. Acredito que essa estatueta pode ir para qualquer um dos três: Ty Burrell é excelente, Jesse Tyler Fergunson está em evidência e Ed O'Neill está cada vez mais brilhante e conseguiu descolar a sua imagem da clássica "Married... with children", onde ele fez muito sucesso. Minha torcida é pro Ed O'Neill mas acredito que Ty Burrel irá levar seu segundo Emmy para casa.

Atriz Coadjuvante de Comédia
Jane Krakowski (30 Rock)
Mayim Bialik (The Big Bang Theory)
Jane Lynch (Glee)
Julie Bowen (Modern Family)
Sofia Vergara (Modern Family)
Merrit Wever (Nurse Jackie)
Ana Chlumsky (Veep)

DUH Esta categoria está forte este ano, com 7 indicações. Os grandes destaques para mim: Em "The Big Bang Theory" a Mayim arrasando como a Amy Farrah Fowler, as atrizes de Modern Family, é claro; a Merrit Wever que faz a divertidíssima Zoey de "Nurse Jackie" - uma série que todos deveriam baixar e recomendo muitíssimo! E a favorita, Jane Krakowski, que talvez realmente leve essa estatueta devido ao encerramento de "30 Rock", sem contar que ela foi muitas vezes indicadas e nunca levou. Mas a minha torcida, como fã, é pra linda e deliciosa Sofia Vergara, que toda vez que abre a boca em "Modern Family" já me mata de rir.

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Ator Coadjuvante de Drama
Bobby Cannavale (Boardwalk Empire) 
Jonathan Banks (Breaking Bad)
Aaron Paul (Breaking Bad)
Jim Carter (Downton Abbey)
Peter Dinklage (Game of Thrones)
Mandy Patinkin (Homeland)
 
DUH Forte categoria. Aaron Paul já venceu o Emmy no ano que passou por "Breaking Bad" e juntamente com Jonathan Banks deve dividir os eleitores. Talvez isso abra as portas para o excelente Mandy Patinkin levar esse prêmio para "Homeland", que é uma das queridinhas dos eleitores do Emmy.

Atriz Coadjuvante de Drama
Anna Gunn (Breaking Bad)
Maggie Smith (Downton Abbey)
Emilia Clarke (Game of Thrones)
Christina Baranski (The Good Wife)
Morena Baccarin (Homeland)
Christina Hendricks (Mad Men) 

DUH Sei que os fãs de "Game of Thrones e "Homeland" vão ficar muito decepcionados, mas Anna Gunn nunca venceu o Emmy. "Breaking Bad" hoje está num momento de grande evidência e a atriz teve uma atuação muito elogiada e deve conquistar esse prêmio para a alegria de todos os Breaking-Bad-Maníacos.


DUH Eu poderia ficar até amanhã falando de todas as demais categorias, mas aí o post ficaria gigantesco. Mas antes de encerrar, preciso registrar que estarei rezando muito para que a Laura Linney linda-de-viver #MomentoHebe, vença na categoria de "Melhor Atriz de Filme/Minissérie", na qual "The Big C" foi estranhamente enquadrada. O que essa mulher fez comigo na temporada final de "The Big C" não é brincadeira: me fez chorar rios e ao mesmo tempo rir muito. Sério, gente, essa vadia tem que ganhar, negada!

DUH E é isso aí galera, espero que tenham gostado, façam suas apostas, um grande beijo no coração de vocês e até o próximo post!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

As cores de Almodóvar

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Pedro Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele e nem a sua família tinham dinheiro para pagar os seus estudos. E isso é algo incrível vindo de um homem, que hoje aos 63 anos, ostenta 2 Oscar, 2 Globo de Ouro, 4 BAFTA, 4 prêmios do Festival de Cannes e seis Goya (prêmio máximo do cinema espanhol). 

Nascido na Espanha, Almodóvar é respeitado e admirado por amantes de cinema por todo o mundo, com suas histórias fortes, cheias de cores, humor irreverente, polêmicas e personagens conflituosos.

Psicopatas, traições, gays, travestis, lésbicas, doentes, pessoas que se deparam com limites físicos ou mentais, loucura, desejo, paixão, personagens surtados, situações surreais e excentricidade são presenças constantes em seus filmes.

No início de sua carreira, Almodóvar se destacou com o longa "A Lei do Desejo" (1987), que já retratava a sexualidade humana de uma forma nua e crua e contou ainda com Antonio Banderas em seu elenco (Banderas, que por sinal, foi revelado ao cinema internacional pelo próprio Almodóvar). 

Depois veio o delicioso "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos" (1988), mostrando várias mulheres tresloucadas num redemoinho de emoções e situações exageradas, que rendeu finalmente ao diretor a consagração mundial, sendo indicado como o melhor filme estrangeiro no Oscar, Globo de Ouro e BAFTA. Recomendo a todos este filme, que é um dos meus preferidos, por ser carregado não apenas no drama mas também na comédia. E esta é mais uma das características marcantes do diretor, que mistura diversos gêneros em um só, de uma forma magistral.

Após alguns sucessos, Almodóvar alcançou a sua maturidade artística e passou a ser cada vez mais respeitado no cinema por uma de suas grandes obras:"Tudo sobre minha mãe" (1999). 

Vencedor do Oscar e Globo de Ouro de "Melhor Filme Estrangeiro", o longa retrata o luto de uma mãe, que ao perder seu filho, lê no diário do garoto sobre o desejo de conhecer o pai. A partir de então, essa mãe viaja a Barcelona para encontrar o pai e no meio de toda essa dor, ela encontra a ajuda de um travesti, uma atriz lésbica e uma freira grávida. Filme incrível, cheio de nuances e interpretações perfeitas. Mais um filme que todos devem assistir o quanto antes!

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Três anos depois, o cineasta mais uma vez encantou plateias de todo o mundo com "Fale com Ela" (2002), também um dos meus filmes preferidos. Vencedor do Oscar de "Melhor Roteiro Original" e Globo de Ouro de "Melhor Filme Estrangeiro", ele conta a história de dois homens que se tornam amigos num hospital, enquanto suas mulheres estão em coma. Imaginem vocês, passar uma parte de suas vidas dentro de um hospital ao lado do seu grande amor, que está em coma. O filme definitivamente é tocante, forte e pesado.

Em 2004 veio outra obra brilhante: "Má Educação", um longa polêmico e que deu um tapa na cara da Igreja Católica ao retratar pedofilia e homossexualidade entre padres. E como se não bastasse, temos o lindíssimo Gael Garcia Bernal enchendo os nossos olhos com sua beleza e talento.

Nos últimos anos, Pedro Almodóvar tem trabalhado constantemente com a atriz Penélope Cruz, como nos filmes "Volver" (2006) e "Abraços Partidos" (2009) e agora em 2013 lançou "Os Amantes Passageiros", onde dirige mais uma vez Antonio Banderas e também, é claro, Penélope Cruz. Mas desta vez os dois atores fizeram apenas uma participação especial. Este último trabalho não tem agradado tanto ao público e crítica, inclusive ficou de fora dos filmes espanhóis que vão tentar concorrer ao Oscar no próximo ano, e ao que me parece, o diretor está numa fase de entressafra.

Mas nada disso tira o brilho e a monstruosidade de sua carreira, que estará para sempre na memória e no imaginário do cinema internacional. Pedro Almodóvar é um diretor indispensável para o conhecimento de quem deseja trabalhar no cinema e na televisão, afinal, suas histórias transcendem qualquer época e nos fazem refletir sobre valores morais e éticos da nossa sociedade. Diretor 5 estrelas, facinho!


Crítica publicada no fórum Expertv.
Agradecimento: Starz. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

aquele conceito esquecido de família







A gente passa a adolescência e a juventude fugindo dos pais e da família, mas com o tempo percebemos que a família é um dos únicos - se não o único, porto seguro que temos na vida. Porque muitos amigos e amores vêm e vão, bens materiais podem ser perdidos a qualquer hora, mas nossos pais serão únicos para sempre. Mesmo que eles tenham um jeito torto de ser e possam muitas vezes nos irritar, é um amor genuíno. É um amor verdadeiro.

Essa minha pequena reflexão de segunda-feira veio ao ver um amigo comentando o quanto estava feliz por seu pai ter lhe convidado para sentar-se a mesa e almoçar com a família. A principio fiquei pasmo. Em seguida me senti grato e imensamente afortunado. Pois mesmo eu não tendo contato com meu pai biológico, tenho um padrasto maravilhoso, que nunca deixou de me incluir nessa definição que chamamos de família. E minha mãe, que muitas vezes discorda de inúmeras opiniões minhas, nunca deixou de lutar pra manter esse conceito de família vivo.

E muitas vezes passamos a vida toda perseguindo grandes objetivos e conquistas, vivemos com pressa de ser alguém, de ostentar coisas e até mesmo, ostentar pessoas, mas esquecemos do simples e básico. Não, não precisamos ser felizes e perfeitos o tempo todo, pois sabemos que isso é quase utópico. Mas não podemos deixar de ficar felizes com coisas pequenas e tão "ridículas" como poder sentar-se a mesa com os pais, irmãos, esposo ou filhos. Porque na grande maioria das vezes, só percebemos isso quando é tarde demais...